sexta-feira, 20 de novembro de 2015

EEF Adolpho Ewald promove Dia Da Consciência Negra

Com o intuito de valorizar a cultura negra e seus afrodescendentes e afro-brasileiros na escola e ultrapassar a barreira da violência, do preconceito e do racismo é que o projeto Consciência Negra: educação não tem cor foi criado e faz parte do Projeto Político Pedagógico da Escola de Ensino Fundamental Adolpho Ewald, situada na comunidade rural de Ribeirão Pinheiro, Taió.
O dia 20 de novembro é uma data que homenageia Zumbi, líder do Quilombo que morreu nesta data e serve para debater e refletir sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no processo de construção de nosso país, de nosso estado e de nossa cidade. Várias áreas tiveram influência africana, como gastronomia, cultura, religião, política, etc. Na escola é que valores morais são reforçados e também é nela que muitos preconceitos são perpetuados de forma quase imperceptível.
A professora de História, Rose Márcia Setter, trabalhou expressões de arte e cultura negra com alunos de 5º ao 9º anos, desenvolvendo atividades variadas como dramatização de poemas africanos, confecção de máscaras e cartazes, coreografia de capoeira, apresentação de jograis, poemas e música. Ela ressalta que ‘foi um jeito diferente de questionar as indiferenças sociais e vem em consonância com o Dia Da Consciência Negra, estabelecido pelo Projeto de Lei Nº 10.639 e sancionado pela Lei Nº 12.519/2011.’


SAIBA MAIS

Como surgiu o Dia da Consciência Negra?
No dia 20 de novembro de 1695, o negro Zumbi, chefe do Quilombo dos Palmares, foi morto em uma emboscada na serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou, também, com o início da destruição do Quilombo.
O Quilombo dos Palmares foi uma comunidade criada pelos escravos que fugiam de seus senhores para viver em liberdade. Houve uma época em que o Quilombo abrigou mais de 20 mil pessoas.
Zumbi nasceu no Quilombo, mas, ainda recém-nascido, foi capturado e entregue a um padre, que lhe deu o nome Francisco, o ensinou a ler e a escrever. Aos 15 anos de idade, o menino resolveu voltar ao Quilombo, onde, pouco tempo depois, tornou-se líder. Em 1995, após 300 anos de sua morte, Zumbi foi reconhecido como herói nacional.
As rebeliões de escravos foram bastante frequentes no período colonial. Os negros fugidos escondiam-se na mata e organizavam-se em grupos, para sobreviver à hostilidade do ambiente e às investidas dos brancos.
Os grupos, internamente coesos, recebiam o nome de quilombos e as aldeias que os compunham, de mocambos. O mais conhecido dos quilombos foi de Palmares, pois foi o que mais tempo durou (1630 -1695), o que ocupou maior área territorial (cerca de 400 km2 dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas) e o que resistiu mais bravamente aos ataques dos brancos.
Palmares se organizou como um verdadeiro Estado - com as estruturas dos estados africanos, onde cada aldeia tinha um chefe, os quais elegiam seu rei - e possuía um verdadeiro exército, além de fortificações em torno das aldeias, que deixaram os comandantes brancos admirados.
Tinha uma produção agrícola bem avançada, que dava para a subsistência das aldeias e ainda produzia um excedente que podia ser negociado com mascates e lavradores brancos. No entanto, a própria existência de um Estado independente dentro da colônia era inaceitável para os portugueses, que consideravam Palmares como seu maior inimigo, depois dos holandeses.
O primeiro rei de Palmares foi Gangazumba, que comandou uma bem-sucedida resistência, repelindo dezenas de expedições dos brancos. Em 1678, assinou uma trégua com o governador Aires de Souza e Castro - atitude que dividiu o quilombo.
Em consequência, Gangazumba terminou por ser envenenado. Foi substituído por Zumbi que já era um líder respeitado e que se tornou o grande herói dos Palmares. Várias investidas foram feitas contra o quilombo. Falar sobre o Dia da Consciência Negra nos faz parafrasear Patativa quando ele propõe o respeito às diferenças. Acreditamos que isto não deve ser encarado como concessão ou exceção a uma regra socialmente estabelecida, mas como o direito de igualdade em oportunidades entre os indivíduos.
O dia 20 de novembro marca o assassinato do líder Zumbi dos Palmares, oficializado herói nacional, por ocasião do tricentenário de sua morte em 1996. Símbolo da resistência contra o racismo, a opressão e as desigualdades sociais. Marca da resistência dos povos contra o colonialismo, o imperialismo e o terrorismo em todo o mundo, sob todas as formas.
Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos se comemora no dia 20 de novembro, o "Dia Nacional da Consciência Negra".
(retirado de http://www.coladaweb.com/cultura/dia-da-consciencia-negra

Veja mais em http://www.educadora.am.br/noticia/fotos-eef-adolpho-ewald-de-taio-promove-dia-da-consciencia-negra/ 










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