Com o intuito de valorizar a cultura
negra e seus afrodescendentes e afro-brasileiros na escola e ultrapassar a
barreira da violência, do preconceito e do racismo é que o projeto Consciência
Negra: educação não tem cor foi criado e faz parte do Projeto Político
Pedagógico da Escola de Ensino Fundamental Adolpho Ewald, situada na comunidade
rural de Ribeirão Pinheiro, Taió.
O dia 20 de novembro é uma data que
homenageia Zumbi, líder do Quilombo que morreu nesta data e serve para debater
e refletir sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no processo
de construção de nosso país, de nosso estado e de nossa cidade. Várias áreas
tiveram influência africana, como gastronomia, cultura, religião, política,
etc. Na escola é que valores morais são reforçados e também é nela que muitos
preconceitos são perpetuados de forma quase imperceptível.
A professora de História, Rose Márcia
Setter, trabalhou expressões de arte e cultura negra com alunos de 5º ao 9º
anos, desenvolvendo atividades variadas como dramatização de poemas africanos,
confecção de máscaras e cartazes, coreografia de capoeira, apresentação de jograis,
poemas e música. Ela ressalta que ‘foi um
jeito diferente de questionar as indiferenças sociais e vem em consonância com
o Dia Da Consciência Negra, estabelecido pelo Projeto de Lei Nº 10.639 e
sancionado pela Lei Nº 12.519/2011.’
SAIBA
MAIS
Como surgiu o Dia da Consciência
Negra?
No dia 20 de novembro de 1695, o negro Zumbi, chefe
do Quilombo dos Palmares, foi morto em uma emboscada na serra Dois Irmãos, em
Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou, também, com o início da
destruição do Quilombo.
O Quilombo dos Palmares foi uma comunidade criada
pelos escravos que fugiam de seus senhores para viver em liberdade. Houve uma
época em que o Quilombo abrigou mais de 20 mil pessoas.
Zumbi nasceu no Quilombo, mas, ainda recém-nascido,
foi capturado e entregue a um padre, que lhe deu o nome Francisco, o ensinou a
ler e a escrever. Aos 15 anos de idade, o menino resolveu voltar ao Quilombo,
onde, pouco tempo depois, tornou-se líder. Em 1995, após 300 anos de sua morte,
Zumbi foi reconhecido como
herói nacional.
As rebeliões de escravos foram bastante frequentes
no período colonial. Os negros fugidos escondiam-se na mata e organizavam-se em
grupos, para sobreviver à hostilidade do ambiente e às investidas dos brancos.
Os grupos, internamente coesos, recebiam o nome de
quilombos e as aldeias que os compunham, de mocambos. O mais conhecido dos
quilombos foi de Palmares, pois foi o que mais tempo durou (1630 -1695), o que
ocupou maior área territorial (cerca de 400 km2 dos atuais estados
de Pernambuco e Alagoas) e o que resistiu mais bravamente aos ataques dos
brancos.
Palmares se organizou como um verdadeiro Estado -
com as estruturas dos estados africanos, onde cada aldeia tinha um chefe, os
quais elegiam seu rei - e possuía um verdadeiro exército, além de fortificações
em torno das aldeias, que deixaram os comandantes brancos admirados.
Tinha uma produção agrícola bem avançada, que dava
para a subsistência das aldeias e ainda produzia um excedente que podia ser
negociado com mascates e lavradores brancos. No entanto, a própria existência
de um Estado independente dentro da colônia era inaceitável para os
portugueses, que consideravam Palmares como seu maior inimigo, depois dos
holandeses.
O primeiro rei de Palmares foi Gangazumba, que
comandou uma bem-sucedida resistência, repelindo dezenas de expedições dos
brancos. Em 1678, assinou uma trégua com o governador Aires de Souza e Castro -
atitude que dividiu o quilombo.
Em consequência, Gangazumba terminou por ser
envenenado. Foi substituído por Zumbi que já era um líder respeitado e que se
tornou o grande herói dos Palmares. Várias investidas foram feitas contra o
quilombo. Falar sobre o Dia da Consciência Negra nos faz parafrasear Patativa
quando ele propõe o respeito às diferenças. Acreditamos que isto não deve ser
encarado como concessão ou exceção a uma regra socialmente estabelecida, mas
como o direito de igualdade em oportunidades entre os indivíduos.
O dia 20 de novembro marca o assassinato do líder
Zumbi dos Palmares, oficializado herói nacional, por ocasião do tricentenário
de sua morte em 1996. Símbolo da resistência contra o racismo, a opressão e as
desigualdades sociais. Marca da resistência dos povos contra o colonialismo, o
imperialismo e o terrorismo em todo o mundo, sob todas as formas.
Preservar a memória é uma das formas de construir a
história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos
se comemora no dia 20 de novembro, o "Dia
Nacional da Consciência Negra".
(retirado de http://www.coladaweb.com/cultura/dia-da-consciencia-negra)
Veja mais em http://www.educadora.am.br/noticia/fotos-eef-adolpho-ewald-de-taio-promove-dia-da-consciencia-negra/
Veja mais em http://www.educadora.am.br/noticia/fotos-eef-adolpho-ewald-de-taio-promove-dia-da-consciencia-negra/






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